Para quem busca novas oportunidades para aumentar a fonte de renda, entender como vender energia solar é o primeiro passo para transformar grandes espaços em estações lucrativas, o que contribui para a sustentabilidade e economia.
Só para você ter uma ideia, com mais de 3 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados no Brasil, essa fonte de energia renovável já soma R$ 26 bilhões investidos este ano, que impulsionam propriedades rurais, comércios, indústrias e residências.
Neste artigo, mostraremos como vender energia solar de maneira lucrativa e estratégica. Continue a leitura para saber mais.
Posso vender energia solar?
Sim! É completamente possível vender energia solar e aproveitar as oportunidades de um mercado que está em constante crescimento.
Com a democratização da energia fotovoltaica e o aumento da demanda por soluções sustentáveis, sobe também a demanda por transformar energia limpa em fonte de renda.
O que é preciso para vender energia solar?
Aqui, no Brasil, é possível vender energia solar de duas formas, a depender do modelo de negócios desejado. A primeira é participação em leilões organizados pelo Governo Federal, em que é possível adquirir energia da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para comercialização.
A segunda é produzir sua própria energia solar e atuar no Ambiente de Contratação Livre (ACL), onde o valor é negociado diretamente com consumidores finais. Ambas oferecem oportunidades interessantes e podem ser viáveis com o planejamento adequado. Vamos entender como cada uma funciona!
Leilão de energia
São promovidos pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em conjunto com a ANEEL. Esses leilões visam atender demandas específicas de energia elétrica por meio de contratos de fornecimento.
Funciona assim:
- definição de demanda: a ANEEL estabelece o volume de energia necessário e o preço máximo que pode ser negociado;
- concorrência online: o leilão ocorre de forma online, onde os agentes participantes oferecem seus lances;
- vencedor: ganha o agente que oferecer a energia ao menor preço dentro das condições definidas.
Ambiente de Contratação Livre (ACL)
No mercado livre de energia, conhecido como Ambiente de Contratação Livre (ACL), empresas e consumidores negociam diretamente seus contratos, sem a necessidade de intermediação da concessionária local. Essa modalidade proporciona mais flexibilidade e preços competitivos.
Para atuar nesse modelo como vendedor:
- torne-se um autoprodutor: produza sua própria energia solar em uma usina associada à CCEE;
- atenda aos requisitos de demanda: a capacidade instalada deve estar entre 500 kW e 3 MW;
- negocie: realize contratos com consumidores finais, defina quantidade, preço e condições de pagamento;
- tenha flexibilidade de contratos: diferentemente do mercado regulado, é possível adaptar os contratos às necessidades de seus clientes.
Ambas as opções têm suas particularidades, mas podem ser lucrativas em sua usina solar, de acordo com seus objetivos no mercado de energia.
Como funciona a venda de energia solar excedente?
Esse excedente é injetado na rede elétrica local e convertido em créditos pela distribuidora, portanto, não se trata, necessariamente, de uma venda. Esses créditos podem ser usados para abater custos de energia em meses futuros ou em outras unidades consumidoras cadastradas no mesmo CPF ou CNPJ.
Por exemplo, uma empresa com sistema solar em um local pode utilizar os créditos gerados para reduzir a conta de uma filial.
Saiba mais: Tipos de energia solar.
Como funciona o mercado de energia solar?
O mercado de energia solar baseia-se na geração de energia limpa por meio de sistemas fotovoltaicos instalados em:
- telhados;
- terrenos;
- propriedades específicas.
Empresas, cooperativas e investidores podem instalar usinas solares para comercializar a energia gerada, o que promove uma alternativa sustentável e econômica.
No Brasil, por exemplo, o mercado está em pleno crescimento. A capacidade de energia solar atingiu 49,3 GW até outubro de 2024, segundo a ABSOLAR.
Atualmente, ela representa 20,5% da matriz energética nacional, já ultrapassou a eólica (13,5%) e fica apenas atrás da hidrelétrica (45,7%).
Esse avanço já gerou mais de R$ 227 bilhões em investimentos, 1,4 milhão de empregos e R$ 70 bilhões em tributos e consolida o país como referência em energia renovável e sustentável.
Leia mais: como funciona a energia solar.
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