A Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), é um dos principais componentes da conta de energia elétrica no Brasil e corresponde ao custo associado ao uso da infraestrutura que permite a transmissão e distribuição da energia elétrica até os consumidores finais.
Além da TUSD, a conta de energia também inclui a Tarifa de Energia (TE), que corresponde ao custo da energia elétrica em si. Esse é o preço da eletricidade gerada pelas usinas e repassada pelas distribuidoras.
Uma das formas mais eficazes de reduzir o impacto da TUSD e da TE na conta de energia elétrica é investir em sistemas fotovoltaicos. Consumidores que geram energia solar podem acumular créditos com a concessionária, e utilizá-los em períodos de maior consumo ou para compensar períodos de menor geração.
A energia solar, portanto, tem grande impacto na redução de gastos, à medida que promove maior autonomia energética e proteção contra aumentos futuros nas tarifas reguladas. Assim, ela se torna uma solução acessível e sustentável para consumidores. Entenda mais sobre a TUSD e como reduzi-la no artigo a seguir.
Por que TUSD e TE aparecem separadamente nas faturas de energia?
Por determinação da ANEEL, as contas de luz passaram a apresentar os valores de TUSD e TE separados para oferecer maior transparência ao consumidor. Os valores de TUSD e TE são os mesmos que já eram cobrados mensalmente, mas agora são apresentados separadamente.
Essa separação ajuda o cliente a entender exatamente quanto pagará pelo uso da rede de distribuição (TUSD) e pelo consumo de energia elétrica (TE), além de identificar oportunidades para economizar, como a instalação de sistemas de energia solar para reduzir o custo variável da TE.
Por que a TUSD é mais cara que a TE?
A TUSD é mais cara do que a TE, geralmente, devido aos encargos, tributos e custos operacionais envolvidos no transporte da energia elétrica. Alguns fatores que influenciam isso incluem:
- encargos setoriais: taxas destinadas a financiar programas de governo, como universalização do acesso à energia elétrica e subsídios a consumidores específicos;
- investimento em infraestrutura: custos relacionados à manutenção e expansão das redes elétricas;
- tributação: impostos como ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que também incidem sobre a TUSD.
Como a TUSD é calculada?
A composição da TUSD reflete os custos operacionais das distribuidoras para manter a infraestrutura da rede elétrica, os investimentos em expansão do sistema e os encargos setoriais, que incluem subsídios para programas governamentais, como o Luz para Todos e descontos tarifários para consumidores de baixa renda.
Além disso, a localização geográfica e o porte da distribuidora influenciam diretamente o valor da TUSD, uma vez que regiões com maior extensão de rede ou densidade populacional menor tendem a ter custos de operação mais altos.
A maneira como essa tarifa afeta cada categoria de consumidor também varia. Entenda adiante!
Consumidores do grupo B (baixa tensão)
Para consumidores de menor porte, como residências, a TUSD é aplicada proporcionalmente ao consumo. Nesse caso, geralmente, é calculada com base no consumo mensal (medido em kWh).
Consumidores do grupo A (média ou alta tensão)
As unidades consumidoras do Grupo A incluem estabelecimentos comerciais, empresas e indústrias que recebem energia em média ou alta tensão. Dentro desse grupo, há diferentes classificações conforme a tensão de atendimento:
- alta tensão: subgrupos A1, A2 e A3;
- média tensão: subgrupos A3a e A4;
- sistemas subterrâneos: subgrupo AS.
Esses consumidores são tarifados de acordo com dois componentes principais:
- demanda contratada: cobrada com base na potência informada pelo consumidor;
- consumo de energia: calculado conforme a energia utilizada em diferentes períodos do dia.
Além disso, há duas modalidades tarifárias principais:
- horária azul: aplica tarifas diferenciadas para consumo de energia elétrica e demanda de potência conforme os postos tarifários (horários de utilização do dia). Disponível para todos os subgrupos do Grupo A;
- horária verde: tarifas diferenciadas apenas para consumo de energia elétrica, com uma tarifa única para demanda de potência. Disponível para os subgrupos A3a, A4 e AS.
A TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição) para esses consumidores é impactada pela demanda contratada, consumo energético e incidência de impostos e encargos regulatórios, como o ICMS e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Felizmente, regulamentações que incentivam a geração distribuída, como sistemas de energia solar, ajudam a reduzir essa dependência da rede elétrica e os custos associados à TUSD.
Qual o impacto da TUSD na conta de energia elétrica?
Imagine a energia elétrica como uma mercadoria entregue em sua casa: a TUSD seria o “frete” que você paga por essa entrega. Ela representa o custo de usar a infraestrutura elétrica para transportar a energia das usinas geradoras até sua residência, comércio ou indústria.
Agora, considere os horários de ponta e fora de ponta, como se fossem horários de pico no trânsito. Durante os horários de ponta, geralmente à noite (o horário é um período de 3h definido pela distribuidora local), quando há maior demanda de energia, o custo da TUSD é maior devido à sobrecarga no sistema.
Já fora de ponta, quando a demanda é menor, o custo reduz. Isso significa que consumidores que utilizam mais energia fora dos horários de pico podem economizar significativamente. Dessa forma, para uma pequena empresa, ajustar horários de operação para períodos fora de ponta pode fazer uma grande diferença na conta final.
Veja como funcionam os postos tarifários para os horários de ponta, intermediário e fora de ponta:
- horário de ponta: período diário de 3h consecutivas, mas que não se aplica aos sábados, domingos e feriados nacionais;
- horário intermediário: intervalo de horas conjugadas ao horário de ponta, aplicado somente às unidades consumidoras que optem pela Tarifa Branca. Variam de 1h a 1h30 antes e depois do horário de ponta;
- horário fora de ponta: intervalo diário composto pelas horas consecutivas e complementares ao horário de ponta e intermediário.
Os postos (horários) são definidos por área de concessão ou permissão, mas algumas distribuidoras desfrutam de exceções, as quais devem constar na Resolução que homologa a revisão tarifária dela.
Como reduzir o impacto da TUSD?
Consumidores com geração própria de energia, como sistemas solares, têm um impacto reduzido da TUSD em sua conta de luz. Isso porque eles consomem menos energia da rede elétrica e, consequentemente, pagam menos pelo “frete”.
Outra grande vantagem da energia fotovoltaica é acumular créditos para compensar eventuais consumos da rede em horários de maior necessidade e garantir maior controle sobre os gastos. Como resultado, se tem uma economia significativa na conta de luz, e isso reduz não apenas a TE, mas também os valores proporcionais à TUSD.
As empresas também podem ajustar sua demanda contratada para evitar pagar por uma capacidade que não utilizam completamente, e consumidores podem investir em automação para monitorar e controlar o consumo para identificar desperdícios e adaptar o uso de energia a horários fora de ponta, quando a TUSD é mais barata.
É sempre importante lembrar de que aderir a programas de consumo consciente e boas práticas para redução de desperdício pode trazer resultados consideráveis. Veja pequenas mudanças no cotidiano que fazem diferença:
- desligar aparelhos em stand-by;
- substituir lâmpadas convencionais por LED;
- ajustar a temperatura do ar-condicionado para níveis mais econômicos;
- utilizar equipamentos de maior consumo em horários fora de ponta;
- realizar manutenções regulares em sistemas elétricos.
Energia solar: a melhor alternativa para reduzir os custos com a TUSD
Investir em painéis solares é uma solução prática e eficiente para reduzir significativamente os custos com energia elétrica, especialmente os relacionados à TUSD.
A instalação de um sistema fotovoltaico permite que o consumidor gere sua própria energia ao utilizar a luz solar, que é uma fonte renovável e abundante. Seja em residências, seja em comércios ou indústrias, o sistema é dimensionado para atender às necessidades específicas de consumo e garantir maior autonomia energética.
O excedente de energia gerada, vale destacar, pode ser injetado na rede elétrica, para acumulo de créditos que podem ser utilizados para compensar o consumo em momentos de menor geração, como à noite ou em dias nublados.
Isso é especialmente vantajoso para empresas e indústrias que têm altos volumes de consumo por operarem para além dos horários comuns, se estendendo aos momentos de pico, quando a TUSD é mais cara. Para essas categorias, o sistema solar pode representar uma economia ainda mais expressiva, além de proporcionar maior previsibilidade nos custos operacionais.
Além de reduzir custos, a energia solar promove a sustentabilidade, agrega valor ao imóvel e fortalece a imagem, principalmente de empresas e indústrias, como ecologicamente responsáveis.Entenda como a Descarbonize facilita a transição da energia convencional para uma fonte mais barata e inesgotável. Entre em contato e solicite um orçamento.