Uma usina solar com rentabilidade é um empreendimento voltado para a geração de energia fotovoltaica com o objetivo principal de gerar lucro. Nesse sentido, a estrutura será voltada principalmente para produzir energia e vendê-la ou compensá-la, com retorno financeiro a médio e longo prazo.
Ao contrário das instalações residenciais, cujo foco é reduzir a conta de luz, as usinas funcionam como um investimento, semelhante a um ativo imobiliário ou financeiro.
A produção de energia limpa e renovável garante uma receita constante por meio da economia gerada ou da comercialização do excedente. Com a regulação favorável e os incentivos fiscais disponíveis no Brasil, esse tipo de investimento tem sido uma opção cada vez mais atrativa. Entenda mais neste artigo!
Como funciona a rentabilidade da usina solar?
Para compreender a rentabilidade de uma usina solar, é preciso considerar três fatores principais: o tamanho da usina, a tarifa de energia local e o modelo de uso. Usinas maiores, por exemplo, têm maior potencial de lucro.
Além disso, quanto mais alta a tarifa da região, maior a economia gerada e, então, maior a renda.
Outro ponto importante é o modelo adotado, uma vez que o sistema pode ser utilizado para consumo próprio ou compartilhado com terceiros, como no modelo de fazenda solar, que permite a geração distribuída.
Esse modelo compartilha os créditos de energia com diferentes consumidores, o que aumenta a eficiência do investimento e amplia o retorno sobre ele.
Qual o lucro da usina solar?
Existem duas maneiras de trabalhar o retorno financeiro de uma usina de investimento na Geração Distribuída.
- Geração compartilhada: associação, consorcio, cooperativas e condomínios. Nesses casos, a usina distribui créditos para os participantes do dispositivo coletivo utilizado.
- Autoconsumo remoto: a usina é instalada junto à carga ou remotamente e gera créditos para unidades consumidoras de mesma titularidade.
Em média, uma usina de 75 kW, produzindo 14.000 kWh/mês, pode gerar o equivalente a R$ 5.000 ou R$ 7.000 mensais em contas de luz residenciais, a depender da tarifa da região. Já uma usina de 1 MW, com produção de 14.000 kWh/mês, pode retornar entre R$ 55 e 65 mil mensais.
Entretanto, é importante observar que os retornos financeiros são influenciados por vários fatores. Na geração compartilhada o retorno costuma ser menor, ainda mais quando há a presença de um administrador da geração da usina (comercializadora).
Em geral, a Taxa Interna de Retorno numa usina GD fica entre 25% e 30%, com ROI de 1,5 a 2% ao mês. Comparado ao CDI atual de 14,65% a.a., esta modalidade de investimento chega a números entre 150 e 190%, com o payback em torno de 3,5 anos.
Portanto, esta é uma opção mais rentável que muitos investimentos tradicionais, como renda fixa. O lucro é potencializado quando há uma gestão eficiente da produção e manutenção.
Exemplos de usinas solares
Para melhor compreensão, podemos considerar os exemplos descritos a seguir — todos têm payback estimado em 3,5 anos.
- Usina de pequeno porte (75 kW): instalada em um terreno de cerca de 1.000 m², essa usina pode abastecer pequenas empresas ou condomínios. Com um aporte inicial de cerca de R$ 280 mil, pode gerar economia mensal de até R$ 7 mil.
- Usina de médio porte (300 kW): requer um valor aproximado de R$ 1,3 milhões, com receita de até R$ 26 mil por mês. Ideal para empresas de médio porte que desejam reduzir custos e investir de forma sustentável.
- Usina de grande porte (1 MW): custa em torno de R$ 3,2 milhões, pode gerar economia mensal próxima a R$ 65 mil e é ideal para investidores ou empresas que queiram operar em modelo de fazenda solar.
Qual o retorno de investimento de uma usina solar?
Essa é uma dúvida bastante comum quando se trata de usina solar e rentabilidade. Mas o retorno de investimento (ROI) de uma usina pode variar de 3,5 a 5 anos, conforme sua capacidade de produção, custos de instalação e tarifa da região. Isso significa que, após esse período, toda a energia gerada passa a representar lucro.
Esse payback é favorecido pela vida útil dos sistemas fotovoltaicos, que ultrapassa os 25 anos. Dessa forma, o investidor pode contar com pelo menos duas décadas de retorno após o período de amortização.
Considerações para cálculo de rentabilidade
Para calcular o retorno de uma usina solar, é preciso levar em conta vários fatores, como custo da instalação, manutenção, impostos, tarifa de energia, modelo de compensação e previsão de irradiação da região.
São esses elementos que ajudam a definir a viabilidade econômica e a projeção de lucro, portanto, são essenciais no momento de fazer o cálculo da rentabilidade.
Incentivos fiscais no Brasil
O Brasil oferece diversos incentivos para quem deseja investir em energia solar. Um dos principais é o Regime Especial de Tributação (RET), que reduz encargos fiscais para projetos de geração distribuída.
Além disso, há isenção de ICMS em muitos estados e isenção de PIS/Cofins na energia compensada. Também existem linhas de financiamento específicas, como as do BNDES, Caixa e Banco do Brasil, que facilitam o acesso ao investimento.
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Vantagens de investir em usinas solares
Ao considerar todos os pontos apresentados, podemos perceber que o investimento em usinas solares é um excelente negócio. Entre os principais benefícios, podemos destacar:
- Geração de receita passiva;
- Redução ou eliminação da conta de energia;
- Valorização do imóvel ou propriedade;
- Sustentabilidade e redução de pegada de carbono;
- Facilidade de financiamento;
- Longa vida útil dos equipamentos;
- Baixa necessidade de manutenção.
Essas vantagens de investir em energia solar vão além do lucro financeiro, já que os impactos são amplamente positivos para o meio ambiente.
Vale a pena investir em uma usina solar de rentabilidade?
Certamente, investir em uma usina solar para rentabilidade vale muito a pena, principalmente para quem busca retorno financeiro com segurança e sustentabilidade. Como mostramos, é um mercado em crescimento, com alta demanda e excelente perspectiva de longo prazo.
Na internet, as buscas por usinas solares saltaram mais de 250% em um ano, o que demonstra um forte movimento do mercado e a consolidação desse tipo de investimento no Brasil. Esses dados foram levantados em pesquisa realizada pela Descarbonize.
Requisitos legais e regulamentações para usina solar de rentabilidade
A Lei n.º 14.300/22 é a legislação que institui o Marco Legal da Geração Distribuída, responsável por definir regras para compensação de créditos e tarifa fio B. Portanto é o ponto de partida para quem deseja iniciar uma usina solar de rentabilidade.
Além disso, é importante considerar o registro na ANEEL. Para operar legalmente, é necessário cadastrar o projeto junto à agência reguladora e obter aprovação técnica.
Outro ponto indispensável é a conformidade ambiental, ou seja, é preciso estar em dia com licenças ambientais, especialmente em usinas maiores.
Tendências futuras para o mercado de usinas solares no Brasil
O mercado de energia solar deve crescer 25% somente em 2025, conforme dados da ABSOLAR. E deve avançar mais de 300% até 2030, de acordo com especialistas. Isso se deve à queda no preço dos equipamentos, aos incentivos e à busca cada vez maior por alternativas sustentáveis.
Novas formas de consumo, como a geração compartilhada e os hubs energéticos, devem impulsionar ainda mais o setor.
Novas tecnologias que aumentam a rentabilidade de usinas solares
Entre as inovações, destacam-se os painéis bifaciais, inversores inteligentes e sistemas de armazenamento com baterias de lítio, que fornecem independência energética ao dispensar a rede pública para operar — e garantir fornecimento mesmo em dias nublados ou à noite. Essas tecnologias ampliam a eficiência e a produtividade.
Apesar de exigirem um investimento inicial maior, o custo-benefício se mostra vantajoso no longo prazo.
- Leia mais: os tipos de energia solar e suas vantagens.
Como investir em uma usina solar de rentabilidade?
Para começar a colocar em prática essa ideia e obter seus benefícios é importante seguir alguns passos básicos. Abaixo, listamos os principais:
- Defina o modelo de investimento (individual, compartilhado ou empresarial);
- Realize um estudo de viabilidade;
- Escolha um terreno com boa irradiação solar;
- Solicite projetos com empresas especializadas;
- Busque financiamentos ou parceiras comerciais;
- Instale e conecte à rede;
- Acompanhe a operação e a manutenção.
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